domingo, 10 de novembro de 2013

Relato de viajem

Aproximadamente 1 mês atrás eu estava embarcando pra Brasilia, Florianópolis e Blumenau. Seria a primeira viajem que faria onde eu ficaria totalmente por minha conta e risco, cuidando de eu mesmo e sob o meu total planejamento. Se desse alguma coisa errada, eu não gostasse, ou gostasse ou qualquer outra coisa, seria de total responsabilidade minha. E o que eu achei, muito bom, uma das melhores viagens que já fiz. Simplesmente bom demais fazer simplesmente o que quiser, fazer trilhas, andar pela cidade, conhecer novos locais, andar nos ônibus das outras cidades, sentir o frio de lá (se bem que nem estava tão frio, mas estava mais frio que no nordeste), conversar com outras pessoas desconhecidas, pedir informação várias vezes, andar muito a pé pra não pagar um ônibus ou taxi a mais. Fazer uma dieta baseada em  pf, cachorro quente e cerveja.

Bom, falar um pouco das cidades.
Começando por BSB, cidade organizada, planejada, feita para uma estratificação social, vias de acesso da cidade e do plano piloto bem largas e feita para os carros com igual largura de vegetação da região e grama muito bem cuidados. Quem mora na quadra SQS 406, simplesmente mora lá e resolve quase tudo por lá, há por bem se dizer tudo pra você sempre ficar e morar por lá. As escolas, universidades, são agrupadas em um mesmo eixinho, da mesma forma as clinicas e hospitais. Coisa estranha, mas é BSB. E assim foi feito e assim será. Outra coisa que tem muito em Brasilia: Palácios, gente protestando por não sei o que, gente do Brasil todo. Não nego que as pessoas vão para Brasilia procurando bons/ótimos salários/remunerações, uma cidade onde as coisas funcionem. Não sei se gostaria de fazer/gastar minha vida lá. Ainda não troco a qualidade de vida que se tem em algumas capitais nordestinas pela vida formal da capital federal, uma 'obrigação' de calça comprida, e sapato fechado em quase todos os ambientes... sei não, melhor jogar pro alto e desejar boa sorte a quem quis essa vida. Em relaçãos aos palácios, fiquei muito indignado pois são vários (Palácio do Planalto, do Buriti, Da Alvorada, do Torto..) e uma estrutura luxuosa e segura com muitos policiais de elite fora o pessoal do exercito/marinha/aeronautica. Estrutura essa bem diferente da encontrada aqui no meu nordeste. Fiquei muito puto mesmo. Esse povo lá luxando às minhas custas e agente aqui no nordeste só se lascando e levando peia em cima de peia.  Ouvi argumentos de por que lá deveria ter essa segurança toda dizendo que como é uma capital federal o 'Brasil' precisa se 'mostrar' para os governos extrangeiros que vão lá e mostrar que o Brasil é algo imponente e poderoso e organizado. Balela. Bom, ideal seria mesmo lá ser seguro pra TODOS que moram lá, nada de foco num grupo de 'amigos do rei'. Se o Brasil quer se mostrar em organização, por que não organiza algo que é bom pra todos como por exemplo um metrô que funcione e tenha mais de uma linha que só vai e volta. Onibus circulando direto. E poderoso, como demonstrar poder? Bom, nada melhor que pessoas que trabalhem, que levem o pais pra frente, uma indústria forte, pessoas dedicadas, um país pra frente. [Exemplo: Alemanha e Coreia do Sul, a Alemanha foi destruida 2 vezes durante a guerra e o pais está aí agora pra frente levando nos braços a europa. Coreia do Sul, o que era o coreia do sul 50 anos atras? Nada! uma vila de pescadores ou sei lá o que. Até que um governante decidiu que as pessoas deveriam todas ler e escrever, investiu na educação, em infra-estrutura capacitação e agora é uma potência mundial também, tem indústrias fortes e conhecidas no mundo todo.]

Qual será a impressão de um viajante conhecendo o Brasil esse que nós temos, esse nosso Brasil dos Brasileiros? A minha é doses de fé e descrença repetidamente seguidas. Nós vemos que nosso país tem condições favoráveis, até a natureza até ajuda, mas aí vem nossos 'representantes' e nos injetam uma grande doses de descrença, uma corrupção, um 'governo' para benefício de somente alguns amigos do rei, só se pensa no curto prazo (3,5 anos/4 anos/eleição) e não são realizados nenhum tipo de pensamento à longo prazo, ou pensamento no povo. Acho que esse termo de Governo para pessoas, Cidade Para Pessoas é algo que não existe ainda, pelo menos ainda não apareceu. Me divirto ainda com uma propagando do (atual) governo dizendo em 20 anos (2030-2035) o Brasil vai ter uma população de 350 milhoes de brasileiros e se fala de termos RODOVIAS, AEROPORTOS, PORTOS como se somente daqui a 20 anos nós fossemos precisar dessa estrutara. ERRADO! Nós precisamos disso pra ontem, pra hoje, pra agora e o que me leva a descrença é justamente essa poítica de curto prazo. As mesmas promessas foram feitas anos atras e até agora nada. Vide os portos de quase todos os estados, os aeroportos mal projetados e dimensionados, e as rodovias precarizadas, o metro do rio com suas 2 (DUAS!) linhas, o de Fortaleza que não saiu todo e é só uma linha, o de Recife que me faz quase acreditar num futuro promissor, mas seguindo até Salvador e acho uma cidade para os carros e toda minha fé é desfeita. Desânimo. Eu preciso de uma mudança pra agora, não daqui a 20 anos. 20 anos é muito tempo e essa mudança já deveria ter começado. Mas falando em algo concreto o que eu posso fazer, o que você pode fazer? Querer mudar é a base. Estudar o alicere, votar direito um princípio, e cobrar as mudanças será o catalizador. E é isso mesmo. E assim seja!

Preço e Valor

Hoje, vou falar de algo que são parecidos porém tem implicações e detalhes diferentes. Inicialmente preço e valor poderiam se tratar de um mesmo atributo, porém preço e valor são diferentes.

Preço, simplesmente é o que 'está na etiqueta', o que lhe é cobrado para ter aquilo, aquela coisa.

Já valor é o quanto você atribui e gasta de sua vida para que  tal realização seja possível.

Um exemplo. Pessoa a obtêm 1000 unidades de valor no mês, e pessoa B consegue 200 unidades de valor por mês. Suponhamos que ambas pessoas desejem um 'bem' cujo preço é 1500 unidades de valor. Para a pessoa A com pouco mais de um mês será possível essa realização. Já para a pessoa B isso só seria possível (idealmente) após quase oito meses. Isso quer dizer que a pessoa B vai demorar muito mais tempo de sua vida (quase 4 vezes mais que a pessoa A) para conseguir a devida realização. Ambas as realizações teoricamente seriam as mesmas, porém, o percentual relativo de envolvimento da renda e tempo dedicado são bem diferentes. Então, os valores serão diferentes da pessoa A para a pessoa B.

Baseado em escritos de Thoreau