segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Vida, emprego, decisões

Bom, hoje, posso dizer que minha vida mudou. A pouco mais de um ano atrás eu estava ancioso esperando o resultado do concurso da marinha, com boas expectativas em relação ao futuro, sair de casa, adquirir independência, fazer o que eu quisesse.

Foi conquistando as que eram minhas metas.
Sai de casa
começei a me sustentar e ter minha própria renda
adquiri (muito pouca) experiência

e esse último: fazer o que eu quisesse, esse não.

Eu pensava no trabalho como uma forma de vida, de realização pessoal, que eu fosse lá todo dia, produzisse algo, me sentisse útil de alguma forma e que ao fim do dia, apesar de esgotado, estaria feliz, com uma sensação de dever cumprido.

Na minha cabeça de pouco mais de um ano atrás, era isso. Pensava que por estar trabalhando numa instituição ordinariamente brasileira (marinha do brasil) eu estaria sempre ajudando, melhorando, fazendo algo de útil. Eu tinha noção de algumas escolhas que a vida militar me traria, mas enquanto estou sendo colocado à tona, à prova, vejo que não é isso o que realmente quero e desejo pra vida.

A profissão militar, é algo extenuante, sacrificante, e de uma doação imensa à nação. Mas quando me vem o sofrimento, a separação da família, o ir e não saber se vai voltar, e o risco (de vida) inerente à profissão, ai então observo que no começo era o que eu queria, que desejava, mas passado o tempo.
Não! Não digo que o militarismo por completo é ruim, ou maléfico, mas que são poucas características dele que eu gostaria(liderança, comunicação, etc), e é isso que ainda me segura e me mantém lá, aguentando a lita diária.

Não quero sair, me separar da minha família.
Não quero
A família é algo sagrado, muito importante, e não estou disposto à sacrificar uma encarnação de evolução e aprendizado, com um sentimento, valores, amizades e um aprendizado (que ao meu ver, agora) é um retrocesso de séculos de evolução. 
Boa parte da evolução e aprendizado numa vida, se dá ao meio que está, ao pensamento e à vibração que está incluso e atrai para si, e a vibração que estou sentindo no quartel, está me fazendo mal.

É difícil para mim ficar todo tempo interpretando, vivendo um teatro, de que 'você não tem que ser bom, você tem que parecer bom'. Quero ser eu mesmo, viver, agir, ajudar, fazer algo. Não aguento simplesmente ficar a toa. Também não quero aprender a destruição. Sei que a destruição fez parte da história, mas é demais para uma vida.

Eu posso não saber exatamente o futuro, 
Mas tenho CERTEZA do que não quero.

Não quero matar
Não quero destruir
Não quero fingir
Não quero simplesmente ver a vida passar, como num sopro

e o que quero

Quero minha noiva
Viver com ela
Ver pessoas, ajudar,
conhecer,
fazer o melhor
evoluir


Sempre via, e vejo documentários de pessoas, vivendo suas vidas
O que sempre me marcava, era justamente a felicidade
É isso que eu quero, pretendo, e vou fazer por onde.

E é isso mesmo!
E assim seja!

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